cada minuto se movia no quadro
a vida desatenta a esse silencio
o coração como se fosse um refém
(do vento)
tua sombra deitada em meu corpo
vivendo de nunca chegar a ser
palavras enroscadas na cerca
embriagadas pelo hálito da noite
(enche meus olhos de água)
a saudade voa
a noite já não canta
toca em silencio meu pomar interior
devo ir...
meus olhos ficam por aqui
amparando teu rosto
as mãos fitam o tempo
entre a imensidão e seu nome
toldando um dia
um pedacinho de mim em teu peito
que vier buscar-me
em algum voo de silencio...

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