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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tenta esquecer-me





Tenta esquecer-me

Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como evocar 
um fantasma... Deixa-me ser o que sou,
o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens contará
as horas.
Me recamarei de estrelas como um manto real
Me bordarei de nuvens e de asas,
as vezes virão à mim as crianças 
banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir...
É seguir para o mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar cantar...
Toda tristeza dos rios
É não poder parar!
                                                            Mário Quintana
 

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