Neste silêncio em que vivo calmamente,
Faz-me reviver um passado já distante
É gritante, é sufocante e amargurado,
Na paixão adormecida, um coração magoado.
Este som que me sufoca e me devora,
Muito mais do que devia com certeza,
Amordaça a minha boca na saudade,
Não deixando que te veja com clareza.
Silêncio que trás consigo pesadelo,
Nas palavras se advinha o sofrimento,
Nesta ânsia que me castiga o coração
Só há noite dou vazão ao meu lamento.
Silêncio que não se vê, ou não tem rosto,
Nem tem nome adequado para dizer
Este amor incendiado no desgosto,
Conto os dias e as noites para te ver.
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