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terça-feira, 4 de junho de 2013

"Ela morreu de amor."





"Ele ousou ouvir algumas palavras doces que ela mantinha em silêncio. Ela foi além, experimentou ler o jogo de letras que ele costumava rascunhar entra a super
fície de alguns papéis amassados. Ela disfarçou estar louca e tentou enganar a vontade desconsertada. Ele insistiu na insanidade, riu do disfarce e declarou-se a ela. Ela arriscou substituir o juízo pelo absurdo e o acompanhou até o outro lado. Não houve pedidos de espera, nem promissões. Ouvir a farsa de velhas promessas seria tolice. Ela jogou as normas para amanhã. Ele fingiu não ouvir os outros. E, juntos, fugiram durante uma estação do ano. Ele a ensinou respirar as horas sem ter que pensar nas conseqüências. Ela apresentou a ele alguns sentimentos medidos. Os prazos não foram subestimados e as horas desaceleraram. Seus passos se desajustaram. O desejo consumiu algumas palavras e confundiu os sentimentos novatos. Ele apaixonou-se. Ela morreu de amor."

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