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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Acalma, Jesus, meu coração aflito !



Acalma, Jesus, meu coração aflito !
Sinto medo pelos pressentimentos que muitas vezes acodem ao meu pensamento, e temo pela sua realização!...
São angústias que despontam pelo comportamento alheio para comigo, comportamento nem sempre fraterno ou gentil; são medos que surgem pela paisagem terrena atual, tão conturbada e sem rumo como não se poderia supor; são pequenas feridas na alma, que a vida insiste em multiplicar, a falar-me de um tempo em o riso se tornará cada vez mais escasso e sem sentido!...
Ah, Jesus amado!... Como olhar para o mundo e não temer, me diz?
Como prosseguir acreditando que amanhã será melhor que hoje se tudo o que eu vejo são lágrimas se alastrando entre gemidos assustados e doridos, nos mesmos campos onde ontem tudo era perfume, paz e contentamento?
Para onde nos leva, Senhor?
É chegada a hora de deixarmos para trás nossa inocência, nossas ilusões, nossos sonhos e seguir, ornados de valores outros, rumo ao novo mundo que nos prometestes?
Mas a estrada será apenas sofrer e chorar?...
Por que não sabemos dar outro nome às tuas lições, aquelas que nos libertam e engrandecem, nos salvam e nos iluminam?
Estou aqui hoje, Senhor, em busca de resposta e lenitivo ao temores que tornam as minhas horas menos felizes e produtivos. Ajuda-me, Jesus, a compreender melhor a insegurança e a vulnerabilidades destes dias humanos, tão vulgarizados e descoloridos, para que eu não me precipite a julgar o que não conheço ou que me ponha a medir o que não posso ajuizar ainda!...
Sabes bem o que nos é melhor e mais útil e certamente a aflição que ronda-nos a estrada, é providência oportuna ao exercício da vigilância, é recurso a que nos afastemos de tentações e armadilhas que nos retardariam o passo e nos poriam ao largo do burilamento e da perfeição.
Abençoa-me o coração, Senhor, para que eu não desfaleça ou me deixe imobilizar pelos temores e pelas perspectivas nebulosas da atualidade, dá-me luz, paciência e segurança de espírito para que compreenda que é tempo de seguir adiante, mesmo que entre gemidos, varando corajosamente as sombras do presente, para que amanhã eu me encontre, asserenado, na companhia de meus irmãos, no lugar feliz que verdadeiramente reservastes aos teus eleitos!

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