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quinta-feira, 25 de abril de 2013

As correntes que nos prendem



As correntes que nos prendem não está em nossas mãos
Em nossos pés
Nem mesmo nos dogmas da religião
Mas na nossa mente
Na idéias que compramos
Na mentiras que aceitamos
Na farsa que nos tornamos cúmplices


As correntes que sufocam
Não está na algema que fere o pulso
Nem na liberdade que nos roubam
Mas na esperança e sonhos que permitimos mata-los e trucida-los em nós
Na bem-aventurança das asas da imaginação que deixamos que outros cortem-nas
E no furto de tudo que achamos belo
De tudo que desafina e achamos que é a vida
Mas é apenas o ser humano

As correntes que nos machucam
Não é a feita de zinco e chumbo
Ou de qualquer metal cortante
Mas é aquela que enlaça a alma
Que soberbamente engana
Manipula e trapaça
Que se apresenta de todas as cores
Que tem cheiro de melhores sabores
Que seduz sutilmente pelos grandes discursos
Que provoca a paixão da ambição
O desejo do poder
A ganância pelo dinheiro
E a astúcia disfarçada de conhecimento

O que nos prendem não são as correntes
Mas a cegueira em que  nós podemos   imergir
E a ilusão de que bebemos de nós mesmos
A idéia de que deuses somos

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