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segunda-feira, 29 de abril de 2013

A você meu pai



Caminhando a passos lentos, pela estrada do destino,
Encontrei pedras que feriram até sangrar,
Senti a chuva e o vento que estremeciam meu ser.
Senti o suor, pela face  rolar.
Senti sede que fazia desfalecer.
Senti lagrimas das profundezas da alma.
Senti falta do afago carinhoso em minha tez.
E quando já me esvaindo pelo cansaço,
Encontrei num pedaço de jornal
Um rosto cândido e suave, que parecia falar:
"O sofrimento enobrece, pois se não o conheces",
"Como saberás o que é amar?"
No sentido amplo de doação e perdão.
E a partir daquele momento,
Um novo sentimento brotou em meu coração.
Era forte como o mar... Suave como a brisa.
Doce, como o néctar das flores.
Puro, como o sorriso inocente.
E assim... Conhecendo o sofrimento,
Transformei-o em amor.
Aprendi a te amar,
Com tuas virtudes e defeitos,
Pois não cabe a mim
Julgar a ti meu PAI!
Possuis consciência e coração.
E descobrirás...
Se fostes o tudo ou o nada,
Se deste a rosa, ou seus espinhos,
Se destes, o mel ou o fel.
Faz-se jus ao coração de teus filhos.
Portanto!
Ofereço-lhe neste seu dia!
Aquele pedaço de jornal,
Que encontrei um certo dia...
Um rosto já quase esquecido,
Mas que é conhecido, pelo nome de Jesus.

Ana Maria Passos

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