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sexta-feira, 22 de março de 2013

Escola da Bênção


Sofres cansaço da vida, dissabores domésticos, deserção de
amigos, falta de alguém...
Por isso, acordaste sem paciência, tentando esquecer.
Procuraste espetáculos públicos que te não distraíram e usaste
comprimidos repousantes que não te anestesiaram o coração.
Entretanto, para teu reconforto, pelo menos uma vez por semana,
sai de ti mesmo e busca na caridade a escola da bênção.
Em cada compartimento aprenderás diversas lições ao contacto
daqueles que lêem na cartilha das dores que desconheces.
Surpreenderás o filme real da angústia no martírio silencioso
dos que jazem num catre de espinhos, sem se queixarem, e a
emocionante novela das mães sozinhas que ofertam, gemendo, aos
filhos nascituros a concha do próprio seio como prato de lágrimas.
Fitarás homens tristes, suando penosamente por singela fatia
de pão, como atletas perfeitos do sofrimento, e os que disputam
valorosamente com os animais um lugar de repouso ao pé de ruínas
em abandono.
Observarás, ainda mais, os paralíticos que sonham com a alegria
de se arrastarem, os que se vestem de chagas esfogueantes,
suplicando um momento de alívio, os que choram mutilações trazidas
do berço e os que vacilam, desorientados, na noite total da
loucura.
Ver-te-ás, então, consolado, estendendo consolo, e, ajustado a
ti mesmo, volverás ao conforto da própria casa, murmurando, feliz:
– Obrigado, meu Deus!"

-Meimei-

("O Espírito da Verdade", Diversos Espíritos/Chico Xavier e Waldo Vieira)



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