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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SOLITÁRIO

Anjos: 1
Como um fantasma que se refugia         Na solidão da natureza morta,         Por trás dos ermos túmulos, um dia,         Eu fui refugiar-me à tua porta!
        Fazia frio e o frio que fazia        Não era esse que a carne nos contorta...        Cortava assim como em carniçaria        O aço das facas incisivas corta!
        Mas tu não vieste ver minha Desgraça!        E eu saí, como quem tudo repele,         -- Velho caixão a carregar destroços --
       Levando apenas na tumba carcaça      O pergaminho singular da pele      E o chocalho fatídico dos ossos!      Augusto dos Anjos


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