Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PALAVRAS NA AREIA


Sou o que me resta,
não há leito de morte,
não há corte no meu peito,
nem sombras pra dissipar.

Eu poderia ser tantas coisas...
um suicida, 
um sacerdote, 
um aprendiz
ou apenas um tolo,
refazendo o seu jardim.

Eu poderia ter tantas coisas...
funções, 
religiões, 
alucinações
ou somente ter...
um plano prá partir.

Sou apenas esta frase se formando
uma mente se ajuntando
apagando palavras na areia
pra se esparramar de novo.

Sou o que vai ficando
com a porta entreaberta para o inevitável
sem palmos pra medir certezas
nem passos pra traçar limites.

Marcos tavares de souza

Nenhum comentário: