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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

NO RETOQUE DA PALAVRA



Seja onde for, não afirme: - Detesto esse lugar!
Cada criatura vive na terra dos seus credores.

Ouvindo a frase infeliz, não grite: - "É um desaforo!"
Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.

Atravessando a madureza, não se lamente: - "Já estou cansado."
Sintoma de exaustão, vontade enferma.

Sentindo a mocidade, não assevere: - "Preciso gozar a vida!"
Romagem terrestre não é excursão turística.

À frente do amigo endividado, não ameace: "Hoje ou nunca!"
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.

Ao companheiro menos categorizado, não ordene: - "Faça isso!"
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.

Perante o doente, não exclame: - "Pobre coitado!"
Compaixão desatenta, crueldade indireta.

Ao vizinho faltoso, nunca diga: - Dispenso-lhe a amizade."
Todos somos interdependentes.

Sob o clima da provação, não se queixe: - "Não suporto mais!"
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.

No cumprimento do dever, não clame: - "Estou sozinho."
Ninguém vive desamparado.

Colhido pelo desapontamento, não reclame: - "Que azar!"
A Lei Divina não chancela imprevistos.

À face do ideal, não se lastime: - "Niguém me ajuda."
No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo.

(André Luiz)

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