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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Amor no deserto



Caminhei por anos num imenso deserto.
Meus pés ficaram cheios de bolhas. 
Não encontrei nada nem ninguém.
Estava num imenso universo dentro de uma esfera quente.
Quente e escaldante intitulada planeta terra.
Mas continuava ainda em meio do nada.
Estava apenas tentando seguir meu destino.
Confesso! 
Muitas vezes desajeitado e sem rumo.
Agindo quase sempre pelo coração. 
Muitas vezes silenciando a razão.
E o tempo foi passando, o dia escurecendo.
Em troca do Sol ganhei a companhia da singela Lua.
E o deserto foi ficando gelado.
Naquela noite a Lua parecia solitária, havia feito um pacto com o imperador Sol.
O de se encontrarem apenas uma vez de tempos em tempos.
Dois solitários num imenso e gelado deserto.
O solitário deserto da vida.
Mas para confundir chegou o impulsivo e sorrateiro amor.
Lua e eu trocamos olhares.
Tenho que confessar!
Estava novamente apaixonado.
E foi neste descuido que aproveitei para descansar.
E sonhei com meu primeiro beijo.
Aquele beijo quase que sem jeito, todo apaixonado.
Nos tempos de hoje impossível de acontecer.
E por um instante o tempo parou.
O coração havia congelado o senhor da razão.
Acordei com aquele sentimento de como tudo poderia ter sido diferente.
Mas por algum motivo, ainda bem que não foi.
Caso contrário não teria me apaixonado.
Então novamente pergunto.
Qual direção seguir, para que lado caminhar?
Sinceramente não sei!
Só sei que vou seguir do seu lado.
Na direção do Sol em busca do amor.
Te amo muito... 

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