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sábado, 8 de dezembro de 2012

Um breve conto da Lua...




A Lua se atrasou 
E o Sol a surpreendeu
Divagava distraída

Quando o dia amanheceu

Pensava em quanto tempo
Dura uma vida de Lua
Bilhões de anos ao léu?
Até outra fase sua?

Num relance vislumbrou
O brilho de cores santas
Atingidas por multi raios
Nunca tinha visto tantas

Assistia em fins de tarde
As nuances sombreadas
Que eram suaves versões
Daquelas tintas flambadas

Explodindo num crescendo
Com uma orquestra a bombar
O astro rei regia
O planeta em seu lugar

Se sentiu tão decantada
Mesmo fora de hora
Por seres iluminados
Que brincavam na aurora

E a claridade aumentava
O seu corpo entorpecia
Aos poucos sua forma cheia
Num céu limpo esvanecia

A Lua então percebeu
Que tinha uma vida encantada
De dia morria dormindo
De noite era eternizada


Yrto Mourão

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