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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

saudade



Mas a saudade mais dolorida, é a saudade de quem se ama. Saudade da voz, das conversas, do jeito. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala, e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto, e ele para a rodoviária, mas sabiam-se onde. Podiam ficar o dia sem se falarem, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

(Martha Medeiros)

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