Meus sensíveis olhos, cuidam o relógio
imaginando a chegada de alguém.
O telefone mudo motivava mais solidão,
anunciando que o final de noite seria assim.
Lá fora o vento contorcia os galhos de algumas árvores
que estavam por anos no canto daquela velha casa.
Casa esta, que abriga por anos todos os meus
tão tumultuados pensamentos e sentimentos.
Minha imaginação flutua ligeiramente,
como as diversas nuvens naquele céu tão escuro.
Horas buscam um rumo certo, outras,
misturam-se umas as outras sem definição exata.
Em meio a papéis que me levam lugar algum,
eu fico perdida entre palavras ditas e escritas.
Meus rascunhos perdidos estão repleto de sonhos,
aos quais com o tempo foram mudando a fisionomia.
As horas passam, o relógio move-se mais do que eu
e a madrugada fria toma conta de tudo.
Por minutos todo o tempo, fica emoldurado de solidão
e todas as lembranças mais uma vez ficam mantidas
dentro deste tão solitário coração.
Juliane Bastos
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