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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Não seja por isso




Por mais que tu me provocasses.
 Por mais que a ti eu desejasse. Jamais diria que és tudo o que eu sonho. 
Que tu és o que eu quero, e dizer que o teu corpo me provoca e até me força demonstrar o que eu sinto. 
Sinto muito, mas eu nego, mas eu minto.
 Mesmo que eu tivesse a certeza, como tenho, de não poder passar um segundo sem te ver sorrindo em minha mente, gemendo entre as minhas pernas e resmungando em cada orgasmo que eu provocasse em ti, eu te renego.
 Renego às duras penas, pois assim eu sei que te perco.
 Como te perco se eu dormir e contigo não me pegar sonhando.

Talvez eu já tenha colado este texto no teu quarto.
 Talvez eu tenha dito bem ao pé do teu ouvido ou tenha sonhado que falei.
 E se eu falei não quero que esqueças.
 Mas se não falei não finjo que não sou capaz,
 assim como não quero fazer de conta que em público o teu nome eu não tenha recitado.

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