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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Namorar é preciso



Namorar não é necessariamente ir para cama, 
trocar beijos e abraços. O namoro hoje em dia 
é confundido com sexo, mas são coisas distintas.

Namorar é conhecer o outro e se mostrar, mas não especificamente
fazer sexo. O sexo é melhor depois de se conhecer e não antes.
Só que as pessoas invertem as coisas, mal começam a namorar
e partem para o sexo. Não que sexo seja ruim, mas sem namoro
não tem intimidade. Acabam sendo dois estranhos buscando 
uma sintonia que ainda não existe.

O ato de namorar é cortejar, mostrar e buscar as qualidades,
fazer sexo é a finalidade e não o princípio. Há um movimento
muito forte, mas visto de forma negativa, que são de jovens casais
se proporem primeiro namorarem e deixar o sexo para uma etapa posterior.
No entanto, jovens ou maduros, não devem fazer do sexo o objetivo primário de suas relações, quando isto acontece, ela se perde num vazio, já que as pessoas começam pelo fim.

É que, no mais das vezes, o sexo acaba sendo mais uma válvula de escape,
a busca da supressão de uma carência ou frustração do que o coroamento de um amor. Para alguns existe até tempo determinado, não pode passar 
do terceiro encontro, quando não, na maioria das vezes, acontece mesmo quando mal se conhecem.

Em nossa sociedade tão acessível a liberalidades, ter uma atitude consciente parece exagero desnecessário. Só que viver não é um campeonato, para saber quantas pessoas conseguiu levar para cama. O objetivo de viver não é
apenas de fazer contato, mas de conhecer, tomar consciência, assumir responsabilidade, o que não acontece com comportamentos sem um vínculo mais consistente.

Ter contato é coisa de redes sociais, mas não de qualidade de vida. Quem não corteja, acelera o tempo e perde o momento certo de maturação natural, não conhecendo e nem descobrindo afinidades, deixa de cultivar o romantismo, que tantos reclamam quando o relacionamento
se estende por mais tempo.

Depois não adianta reclamar das datas não lembradas, das ausências de flores, da maneira pouco carinhosa e respeitosa de tratar e ser tratado.
Não houve namoro suficiente para que pudesse germinar 
a árvore frondosa do carinho.

(Carlos Eduardo Bronzoni)

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