Te
esqueci na noite passada, desculpa. Rápido, eu sei, a gente nem chegou a
começar, mas uma hora tudo termina, você deve saber também. Pra ser
sincera, tô me desculpando por educação, gentileza ou hábito, não que eu
devesse algum tipo de desculpa ou satisfação. Pra ninguém nesse mundo,
aliás! Tudo bem pra você? Espero que sim, não me importo se não. É assim
que é, não é? Tô aprendendo, eu diria. Passei alguns anos repetindo
freneticamente, como um mantra maldito, que "quem muito se ausenta, uma
hora deixa de fazer falta", uma das frases mais sábias que eu já li e
desejava com todas as minhas forças que um dia eu pudesse repetir com
total propriedade. Já posso. Melhor, agora se ausentou um pouco, já
perdeu o espaço. Tô com pressa, preguiça ou só espaçosa demais, não sei,
mas tá tudo muito melhor. Quer vodka? Pega pra dois. Sem drama, sem
expectativas ou babados cor de rosa. Nada dói e é como se tivesse sido
tirado um peso das minhas costas, que eu já achava que era parte de mim.
Triste vocês sempre precisando perder pra valorizar, muito feliz eu
finalmente me encontrando, ainda que do avesso, se preciso. Tão mais
leve quando o sentimento não passa de interesse. Porque interesse, você
sabe, só precisa de um outro alvo mais interessante pra ter fim. E ir
embora me parece bem mais justo do que aguentar qualquer outra partida,
de gente que nunca mereceu nem que eu ficasse.
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