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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AMOR E PAIXÃO : TÃO IGUAIS E TÃO DIFERENTES

Estádio lotado, torcidas em festa. Vai começar a partida. De um lado, o amor - forte, tranqüilo, constante, com jeito de que dura para sempre. Do outro, a paixão - intensa, eletrizante, quente, com ares de que acabou de sair do forno.

O senso comum diz que o amor é duradouro e a paixão, efêmera. Para Dani Gaúcha, o amor é mais importante do que a paixão. Ela namora há mais de quatro anos e com o namorado aprendeu o que é amor de verdade. "Não fui perdidamente apaixonada por ele, nem no início, como fui com outros. Mas ele tem o melhor beijo que já provei, é a melhor companhia que já experimentei, me ama com todos os defeitos que tenho, que são muitos, me apóia e aconselha. Eu pensava que precisava estar queimando de paixão para casar, mas descobri que não é isso, que se precisa de amor", conta.

Dizem que o amor acontece quando a gente deixa de esperar o príncipe e começa a lidar com o sapo. A leitora garante que o amor tem várias vantagens: "Se o seu amor ficar doente, você não acha ruim sair correndo pra ficar com ele. E quando se encontram, você tem certeza que ele não vai deixar de gostar de você porque está horrorosa. Tudo é muito bom: calma, paz, silêncio confortável, dormir abraçadinho e estar do lado de um cara que te faz ser melhor do que você é, porque está sempre te apoiando e dando idéias. Isso é o que a gente precisa", diz ela, que nunca mais passou pela ansiedade de ficar esperando o carinha da balada ligar.

Reforçando o time das que acreditam no amor, Lisandrita revela: "O meu casamento é baseado num amor daquele que nós dois sabemos que queremos envelhecer um com o outro. Foi assim desde o começo. Somos super parceiros, companheiros de jornada e não dois amantes desenfreados buscando o prazer eterno - apesar de nos darmos super bem sexualmente, sexo não é prioridade na nossa vida, mesmo realizando dia sim, dia não", conta ela. E completa : "Depois que o conheci, eu entendi a diferença entre ‘paixão' e ‘amor'. Eu acho que é justamente aí que a maioria das pessoas erra: casa achando que a paixão vai durar para sempre. Não é assim. Meu marido e eu enfrentamos obstáculos, que sempre existem. Só que a gente supera com muito carinho e diálogo. Isso é amor, não é mais paixão - aquela coisa de pensar 24 horas no Fulano e viver como se fosse um conto de fadas", defende ela, argumentando que é preciso maturidade para viver um grande amor.

O lado da paixão

Mas há quem, como Anjo, credite o sentido da vida somente à paixão. Ela está casada há mais de oito anos, conhece o marido há quinze e nunca deixou de sentir os arrepios de uma paixão adolescente. "Sinto borboletas na barriga quando sei que vou chegar em casa e vou encontrá-lo. A paixão existe até hoje", diz ela. Segundo a psicóloga Mariana Mattos, a paixão faz parte de um momento inicial em que o casal está se conhecendo: "Há muitas idealizações de parte a parte. Além disso, é uma fase em que um tenta mostrar ao outro o que tem de melhor. O outro, por sua vez, só consegue enxergar o que é bom. Ou seja: enquanto um tenta ser o mais agradável possível, o outro releva pequenas coisas que não relevaria em outro momento", explica.

Para a psicóloga, o amor parte de dados mais reais. Comparando um ao outro, Mariana Mattos pondera que não dá para eleger um sentimento melhor e outro pior. "A paixão pode ser uma grande curtição, mais fácil, mais gostosa. Isso se for correspondida, senão vira um tormento", lembra ela, para quem o amor envolve mais segurança. Para ela, se tudo der certo, a paixão se transforma em amor. "O desejo de todos é que a paixão renasça várias vezes ao longo de um relacionamento, pois dessa forma temos o melhor de cada sentimento: a emoção de um e a segurança do outro", finaliza.

Rosana F.

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