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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ainda




Ainda que os meus passos
Fossem saudade um adeus
Eu colheria os abraços
No calor dos braços teus


Ainda que eu fosse dor
Amargura ou dilema
Seria carta de amor
Nas linhas do teu poema


Ainda que fosse canção
Na boca de toda a gente
Seria no teu coração
Que cantava docemente


Ainda que eu fosse rio
À procura do teu mar
Apanhava o teu navio
Para em ti navegar


Ainda que fosse diferente
Do que sou na realidade
Seria sempre semente
De amargura e de saudade


Ainda que o sol fosse ouro
E a lua prata a dobrar
Só colheria o tesouro
Na luz desse teu olhar.
Rosa Branca

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