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sábado, 22 de setembro de 2012

Quando a saudade apertou

Quando a saudade apertou, não teve erro, o buraco se abriu e ardeu. Inundaram-se dentro dele várias dores, mas a maior, ainda assim, era a saudade; rezei para a dor passar, para ela pelo menos amenizar, mas eu não queria que ela passasse assim, fazendo-me esquecer dele, eu queria que ela passasse com um sorriso, um abraço, ou com um simples olhar e, por mais incrível que pareça, assim foi, nesse exato momento em que a dor me atacava eu estava na rua, voltando para casa, e ele passou, ele me olhou, sorriu e eu sabia que se pudesse estaria me abraçando, ele enxergou a minha dor assim como eu sempre enxergo a dele, e esta era a nossa dor, eu pude ver também, ele queria um abraço, um beijo, ele queria um sorriso, queria palavras sinceras, mas amenizou a nossa dor, um simples e um breve olhar e um sorriso sem graça.
Créditos: Letícia Nogara

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