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sábado, 22 de setembro de 2012

Poema:Tolo

Tolo, mas um tolo que sabe que o único amor sincero, desmedido, exagerado e insensato é, curiosamente, aquele mais comum: o platônico. Mas esse mesmo amor não é dotado da capacidade de mover montanhas. A amizade sim, o amor de mãe, mais ainda. Mas o platônico não move um grão de areia. Ele termina no mesmo ponto em que começou, no quarto, no computador, na espera sem motivo e na nuvem de angústia que jamais precipita sobre a sua cabeça. O amor platônico inspira os poetas, motiva os cantores, dá rumo aos que estão perdidos, ao mesmo tempo em que os adoece, os mata, lhes borra o sentido da existência.(beeshop)

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