Total de visualizações de página

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tela em branco


Uma tela em branco, um teclado, duas mãos.
E onde foi parar minha poesia?
Meu cérebro parece ter sido sugado pelo buraco negro.
Não sei o que escrever, nem o que pensar, nem poetizar.
Acho mesmo que nada sei.
Nem sei se algum dia eu soube.
Os versos dançam em minha mente sem fazer rima.
As palavras se escondem em mim para não formar versos.
E eu já nem sei se fui poeta um dia.
Onde foi parar minha poesia?
Se antes com tanta facilidade ela nascia.
Agora parece que brincamos de esconde-esconde.
E ela me ganha com maestria.
Tento versos curtos, rimados, abstratos, chorados.
Nada escrevo que me agrade, ou que me pareça um poema.
Acho que é desta vez que me aposento.
Desisto de ser poeta.
Abandono minhas rimas.
Encerro meus versos.
Guardo a poesia.
Porque vai doendo na alma.
Procurar palavras para casar com palavras.
E ver que elas faltam em mim.
Vou ficar assim.
Uma tela em branco.
Um teclado.
Duas mãos.

Nenhum comentário: