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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O vento


Sinto o seu frescor em meu rosto,
Arrepio-me quando tocas o meu corpo,
Balanças meus cabelos suavemente,
Ainda mais quando chegas assim de repente.

Você refrigera-me quando estou só,
Estais sempre lá em meio ao pó,
Varrendo tudo que ficou ao chão,
Até os cacos de meu próprio coração.

Entras em minha casa sem pedir,
Caminhas pelos cômodos sem "existir",
Mas sentas sempre ao meu lado quando olho para o céu,
Fazendo-me sentir o sabor do mel,
O mesmo que sentia ao beijar "alguém",
Assim levando minha imaginação além...

Por isso estais comigo em todos os momentos,
Uma suave presença que nomeio de vento.

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